sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Incrível,descoberta nova espécie de planta que enterra as suas sementes


Foi descoberta, na Floresta Atlântica no estado da Bahia, uma nova planta que se inclina para enterrar as suas sementes. A descrição desta espécie, denominada Spigelia genuflexa, foi publicada na revista PhytoKeys.Esta nova espécie de planta (Spigelia genuflexa) pertence à família das Loganiáceas (Loganiaceae) e foi descoberta no estado brasileiro da Bahia por Alex Popovkin, um botânico amador. A especialista Lena Struwe, da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, ajudou Popovkin a identificar e estudar esta planta.Depois da formação dos frutos, esta planta inclina-se para enterrar os ramos que depositam as cápsulas de sementes no solo.
Segundo Struwe, há várias razões que podem explicar a evolução da planta para enterrar as suas próprias sementes. “Como apresenta uma vida curta (apenas de alguns meses) e vive em pequenos fragmentos de ambientes adequados a planta-mãe tem maior taxa de sucesso se depositar as sementes junto a si do que espalhá-las para ambientes que sejam menos adequados.”“Uma vez que a planta apenas sobrevive durante uma estação, a planta não irá competir com a descendência o que poderia ser um problema para plantas com vidas mais longas.”Struwe acrescentou que espécies de plantas que vivem em penhascos também desenvolveram esta capacidade.
Alex Popovkin, de nacionalidade russa, desde o tempo que trabalhou como voluntário nos jardins botânicos da Universidade de São Petersburgo tinha o sonho de viver nos trópicos e estudar as suas plantas de perto.Concretizou esse sonho 30 anos depois. Atualmente vive na Bahia e esta planta foi descoberta na sua propriedade. Nos últimos 5 anos já colecionou mais de 800 espécies diferentes “incluindo algumas raras que não eram vistas há mais de 60 anos.”“Esta história mostra que os cientistas precisam de amadores e naturalistas para ajudar a descobrir a maravilhosa biodiversidade que se desenvolveu na Terra”, refere Struwe. “Todos os dias são descobertas novas espécies, mas muitas mais ainda não são conhecidas.”Esta descoberta também realça a necessidade urgente de proteger a floresta Atlântica que está sob a ameaça da desflorestação.

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